sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Alberto João Jardim

Alberto João Jardim resolveu demitir-se não propriamente por ter razão (e na Lei das Finanças Regionais tem alguma), mas sobretudo porque de uma assentada mata vários coelhos. Na campanha que se avizinha, é provável que o PS local fique reduzido a uma pálida sombra da sombra que já é. Simultaneamente, refreia os entusiasmos daqueles que já se viam seus sucessores.

E, sobretudo, garante a sua presença na política activa até 2011, o que quer dizer que se fará ouvir nas próximas presidenciais, autárquicas, legislativas e ainda na revisão constitucional. Mas, para além dessas, outra razão existe: Alberto João tem pela primeira vez em Lisboa alguém com quem se identifica. Tirem o ar boçal e alguns anos a Alberto João, vistam-no melhor, anulem-lhe o sotaque e eis o que sobra: um homem que detesta que o confrontem e um líder que gosta de se ver como um animal feroz. Ou seja, José Sócrates, um homem que, como Jardim, é feito pelo poder.

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