quinta-feira, outubro 26, 2006

Mergulho na mente de quem levou´com os pés

Rever a foto da pessoa amada activa diferentes áreas cerebrais

Quase todos nós conhecemos a terrível sensação de terminar um relacionamento afetivo. Agora também os cientistas sabem o que é isso.

Helen Fisher, antropóloga da Universidade Rutgers, e vários de seus colegas neurocientistas descobriram interessantes correlações depois do "escaneamento" cerebral de dez mulheres e cinco homens - todos deprimidos em razão da perda da pessoa amada.

Os pesquisadores colocaram todos esses voluntários de coração partido num Scanner de ressonância magnética funcional e solicitaram a cada um deles que observasse uma foto da pessoa amada e depois uma foto neutra. Descobriram que as mesmas áreas que entram em acção ao surgir um novo amor - por exemplo, nucleus accumbens, estrutura da parte anterior do cérebro que regula a sensação de recompensa - ainda estavam activas quando o enjeitado olhava para a imagem do parceiro perdido. Mas novas áreas também eram activadas, inclusive as que regulam pensamentos obsessivo-compulsivos e raiva, ou seja, desencadeavam uma torrente de emoções mistas.

Regiões cerebrais associadas ao stress ficaram intensamente acentuadas. "Ser rejeitado no amor é uma das experiências mais dolorosas que o ser humano pode suportar", diz a antropóloga Helen Fisher. Ela suspeita que essas reacções cerebrais se tornem mais moderadas com o passar do tempo, provavelmente por programação biológica, quem sabe para ajudar na autopreservação. Mas tudo pode mudar se a pessoa tiver a sorte de encontrar uma nova cara-metade, e esse processo biológico de encantamento e dor vai se iniciar mais uma vez.

Fonte: Revista Mente & Cérebro

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