quarta-feira, novembro 30, 2005

Mais de 28% dos empregos foram obtidos por «cunha»

Quase 30% dos cerca de 5,1 milhões de trabalhadores que vivem em Portugal obteve o seu emprego por intermédio de pessoas conhecidas, ou seja, por aquilo que vulgarmente se designa de «cunha».

A notícia é avançada na edição desta quarta-feira do Jornal de Negócios, baseando-se em dados do Instituto Nacional de Estatística.

Segundo estes dados, solicitados pelo JdN, 28,1% das pessoas empregadas, no terceiro trimestre deste ano, obteve o seu emprego por intermédio de «pessoas conhecidas», o que significa que este é o segundo meio mais utilizado para se encontrar um emprego em Portugal.

No entanto, o jornal também refere que este era, até há bem pouco tempo, o principal expediente para se conseguir emprego no nosso país, ultrapassando todas as outras formas que vão desde a contratação directa por parte dos empregadores até ao estabelecimento por conta própria, passando pelos centro de emprego.

Nos últimos anos, porém, o método de obtenção de emprego por intermédio de «pessoas conhecidas» tem vindo a ser ultrapassado pela contratação efectuada directamente pelos empregadores, por recursos aos seus próprios meios, passando dos 27,2% em 2001 para os 30,6% em 2005.

Quanto ao emprego obtido através dos Centros de Emprego, não ultrapassa os 2,5% do número de empregos existentes.

diario digital

1 Comentários:

Às quarta-feira, novembro 30, 2005 , Anonymous Anónimo disse...

Só 28%... Sinceramente pensei que era mais.

Mas falando da nossa cidade:
IPB - funcionários e professores, a maioria estão lá porque têm, tiveram ou são amigos de alguém que por lá andou
Seg. Social - esta então é de cair para o lado (é quase tudo filho de, amigo de, sobrinho de...)
Câmara - não fica nada a trás, se bem que aqui também pesa a política,
Finanças - mais uma que não escapa ao "jobs for the boys"
E depois temos situações tipo, "Instituto Politécnico de Bragança, na lista de um dos piores politécnicos do país ou com uma maior percentagem de reprovações" entre as outras instituições.
Mas é claro se lhe for abordado o assunto eles respondem que se fartam de trabalhar. Mas então porquê que Portugal não progride?
Portugal já nem de tanga está e a culpa é desses fdp engravatados que passam o tempo a receberem os favores, porque meteram um determinado indivíduo (independentemente de ser competente ou não, ter habilitações ou não, mas que era filho de, sobrinho de ou amigo de), num departamento qualquer da função pública.
O que importa aqui e ter um bom emprego o resto é conversa, e se não sabes aprendes e se não aprendes... epá faz para aí qualquer coisa.

 

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