terça-feira, março 23, 2010

Estudo explica que papel de pai é fundamental


Ausência paternal enfraquece produção
de oxitocina nos filhos




o Dia do Pai, a «New Scientist» publicou um estudo onde explica que evidências bioquímicas, baseadas em testes realizados em ratos de laboratório e em pessoas, sugerem que os pais desempenham um papel fundamental na educação da sua prole.



Isso não é novidade, mas recentes trabalhos demonstraram que raparigas próximas da puberdade se tornam sexualmente activas mais cedo e são propensas a engravidar na adolescência, caso tiverem um pai ausente; assim, como os rapazes poderão desenvolver uma baixa capacidade para a intimidade e falta de auto-estima.

Estudos prévios, feitos com cobaias e humanos, indicam a importância da paternidade na educação dos descendentes e para investigar a base biológica dessas diferenças, a equipa de Gabriella Gobbi, do Centro Universitário de Saúde McGill, de Montreal (Canadá), estudaram ratos californianos que, tal como os seres humanos, são geralmente monogâmicos e tendem a criar uma prole juntos.

Para a experiência, os investigadores retiraram os pais – mas não as mães – de alguns filhotes de ratos, de três dias depois do nascimento até 30 ou 40 dias e observaram que a actividade das células cerebrais no córtex pré-frontal – a área que envolve a interacção social e expressão da personalidade, como resposta à oxitocina e outros neurotransmissores, incluindo serotonina, dopamina e NDMA (nitrosodimetilamina).


Resposta à oxitocina




As células dos filhotes privados de presença paternal enfraqueceram na produção de oxitocina – hormona normalmente libertada durante interacções sociais e casais –, para além de terem tido um aumento de produção de NDMA – relacionada com a memória.

A equipa de investigação verificou ainda que os animais mostraram pouco interesse pelo sexo oposto, ou seja, geralmente, quando se encontram na mesma gaiola, a tendência é para se estudarem mutuamente; mas, os ratos privados dos pais, ignoraram-se.

Outro investigador, Ruth Feldman, da Universidade Bar-Ilan, (Israel), assinalou que existem evidências de que quando os homens se tornam pais, estão propensos a mudanças bioquímicas que afectam o comportamento.

O cientista israelita visitou 80 casais após o nascimento dos filhos, e posteriormente com um intervalo de seis meses, e observou que a transição da paternidade estava associada com o aumento da oxitocina não apenas nas mães, mas também no dos pais, quando comparados com solteiros. Os pais que demonstrem ter altos níveis de oxitocina brincam mais com as suas crianças.

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