quinta-feira, agosto 07, 2008

Hancock (2008)

Há heróis, há super-heróis e depois há Hancock (Will Smith), um semi-deus, guardião de Los Angeles que provêm de alguns problemas com a bebida e de popularidade, o seu mau feitio também não ajuda em nada. Até que Ray Embrey (Jason Bateman) consultor de relações publicas, que depois de Hancock o ter salvado de morte certa, decide ajuda-lo e dar ao herói de Los Angeles a popularidade que segundo Embrey, ele merece. É com esta ideia que Hancock se executa na primeira parte, brindando com alguns gags deveras divertidos e ilimitados em termos de criação.

Realizado por Peter Berg, o prodígio de Michael Mann, que evidenciou um bom êxito com o seu anterior projecto The Kingdom, em que se exibia a sua destreza para com a realização de câmara ao ombro, realista para filmes de acção principalmente de guerra, mas que surge alienado nesta película que se caracteriza como um blockbuster fantástico. A ideia inicial do filme, uma espécie de paródia á figura de sobre-humano, sem que caia na pseudo-satirá característica de spoof-movies como Scary Movie, aguenta uma primeira parte do filme sem transcendentes, englobando-se num conjunto de gags de ficar para a história, mas, tal como aconteceu com o anterior filme de Berg; The Kingdom, o realizador tem mais dúvidas em saber que tipo de filme a realizar, a sua insegurança verifica-se, o mesmo que os argumentistas que parecem ter fundamentado essa ideia.

Na verdade quando terminada a primeira parte, o filme descarrila num registo mais dramático e mais fixo á fantasia em envolto. O argumento dá um twist de 360º, o ambiente muda tal como a composição das personagens, tudo oscila para uma noção mais moralista e respeitadora dos valores humanos. A química entre Charlize Theron e Will Smith é praticamente nula, e é de estranhar o que faz exactamente uma actriz do calibre de Charlize Theron (Monster, North Country) num filme destes.

Jason Bateman tem carisma, ao menos isso, mas a sua personagem a certa altura é descartável e acima de tudo Will Smith é aquela estrela que é mais actor que propriamente isso. Nesta segunda parte os efeitos especiais toma o controlo do plot, o mesmo que a banda sonora, agradavelmente bem-posta. No final só apercebemos de uma coisa; que os americanos adoram o sacrifício e como um simples entretenimento é arruinado pela esquizofrenia de ideias dos seus envolvidos. Um filme desequilibrado de Peter Berg. 6/10

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