quinta-feira, julho 10, 2008

The Orphanage / El Orfanato (2007)


Olhando de uma forma vaga e genérica, posso concordar que a permissa do filme não é muito inovador. El Orfanato conta a história de Laura (Belén Rueda), uma mulher que se muda para uma casa que em tempos foi muito feliz e que tem o sonho de recuperar e reabrir o há muito abandonando orfanato para o transformar num lar para crianças deficientes.
Mas quando o seu filho começa a ter amigos imaginários, Carlos (Fernando Cayo), o seu pai, permanece céptico, acreditando que Simon está apenas a inventar tudo numa tentativa desesperada por atenção.
Mas quando Simon desaparece, Laura convence-se que um terrível segredo, há muito escondido, surge nesta casa que em tempos foi um orfanato.

Tal como já havia referido a permissa do filme não é inovadora, não conseguindo fugir a alguns clichés, como, um filho que vê fantasmas, o regresso a uma casa assombrada, um personagem mascarado, uma marido céptico.
Mas em El Orfanato nada se assemelha ao que já foi feito anteriormente.

Um filme que não deve ser vista apenas como um filme de terror, mas sim um drama, com uma componente sobrenatural, que surprende pela forma como a história se desenrolra, sem o objectivo de o espectador “dar saltos na cadeira”, mas sim um clima de angustia de nos apodera durante o filme.

E claro, existem momentos brilhantes que gostava de destacar no filme, como o momento em que Laura corre desperadamente na procura do filho na praia, sempre com o pormenor da camara sempre em movimento em consonância com o movimento da personagem.

Já o momento do atropelamento da velha é memorável, apanhando-nos totalmente de surpresa, e sem esquecer o close-up no rosto desfigurado.

El Orfanato, um filme produzido por Guillermo Del Toro, que obteve reconhecimento mundial com El Laberinto del Fauno, mostrou-se orgulhoso em ter produzido um filme com apenas 6,5 milhões de dólares, realçando ainda que este filme marcou a estreia do realizador catalão Juan Antonio Bayona, do editor e do director de fotografia.

E por último devo de destacar o excelente desempenho da protagonista, Belén Rueda, que após a sua participação em Mar Adentro, teve uma nova oportunidade de mostrar-nos o seu talento.

De facto continuamos a verificar que o cinema espanhol continua a surpreender-nos, sendo que este El Orfanato, El Laberinto del Fauno, o discutivel REC e Goya's Ghosts são os exemplos mais recentes. 8/10



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