Mentir exige decisões rápidas e discernimento
A mentira patológica pode ter origem em um desequilíbrio raro da substância cerebral, segundo cientistas da Universidade do Sul da Califórnia. Para sua pesquisa de doutorado, Yaling Yang escaneou o cérebro de 12 mentirosos confessos e de outros voluntários que não tinham histórico de mentir compulsivamente.
Yang ficou surpresa ao descobrir que o cérebro dos mentirosos tinha 22% a mais de substância branca nas regiões pré-frontais, relacionadas à tomada de decisão e ao discernimento. A substância branca liga os neurônios entre si - que, em conjunto, são chamados de substância cinzenta.
A mentira patológica pode ser muito complicada. Mentirosos compulsivos precisam apresentar informações que pareçam corretas, embora falsas. "Talvez, para essas pessoas, seja apenas mais fácil mentir", diz Yang. Segundo ela, o excesso de substância branca cria conexões abundantes entre dados que, de outra forma, seriam contraditórios e compartimentados.
Por ora, mais estudos são necessários para determinar se os mentirosos nascem com mais substância branca ou se a desenvolvem como resultado de suas freqüentes invenções. Outros cientistas que realizaram escaneamentos por ressonância magnética em tempo real de pessoas no ato de mentir constataram a ativação excessiva da área dos lobos pré-frontais.
Eles concordam que esses padrões de atividade podem servir como detectores de mentira bastante con-fiáveis. Se for assim, é possível que algum dia as imagens cerebrais saiam dos laboratórios e passem a fazer parte dos tribunais.
In Mente & Cerebro
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