Pesadelo no Deserto
No deserto levo uma criança pela mão. Dirigimo-nos para uma montanha com uma enorme porta metálica, um refúgio dos bombardeamentos da última guerra da História que eu sei que em breve começará. A criança não sabe.
A cerca de cem metros da porta ela começa a fechar, e eu percebo que não conseguirei chegar a tempo a não ser que deixe a criança para trás.
Deixo-a, e atravesso a porta no último momento. Lá fora cai a primeira bomba, depois outra e outra. Na palma da mão fica guardado o seu toque, quente e frágil, que agora me enlouquece.
Um homem fardado reconforta-me, que dadas as coisas até é melhor para a criança morrer.
Eu preciso cortar o pulso, deixar aquela sensação para trás. Encontro uma serra eléctrica e corto-o. Acordo.
1 Comentários:
Infelizmente situações como estas ocorrem constantemente, hoje, agora, neste preciso momento.
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