Portishead - Dummy (1994)
Quando penso em Portishead, são duas as ideias que imediatamente surgem na minha cabeça... a de música e a de sensualidade.
Pois bem, se a música está relacionada com a "arte de combinar os sons", a sensualidade refere-se às ideias que se originam a partir das sensações, ou melhor, aquilo que nos é transmitido pelos prazeres dos sentidos.
Assim se passa com os Portishead e com os temas que fazem parte deste álbum "Dummy". Ponho o CD a tocar e logo me sinto invadido por um misto de sensações... Não serão as possibilidades corporais imensamente vastas?
Tal como um coreógrafo joga com o drama e o humor, o encantamento e a sensualidade, também a nossa mente brinca com os ritmos patentes em cada um dos temas deste álbum.
Quanto a mim, músicas como "Sour Times" e "Glory Box", conseguem oscilar entre o dito e o entredito, deixando para trás um rasto de melancolia e sensualidade, trazendo-nos um som ambiente algo chill out e cheio de contrastes.
Ao ouvir as músicas dos Portishead não ficamos estáticos nem imóveis interiormente, uma vez que os temas nos vão transmitindo, da primeira à última nota, um prazer só possível devido à exploração das tensões entre a vida musical, o ritmo sensual e a melancolia dos quase silêncios ou "gemidos".
Tal como as músicas, também a voz de Beth Gibbons nos transporta a um mundo de sensualidade e, por vezes, de sexualidade... arrepiando, aliciando, seduzindo...Desde a excelente capacidade vocal de Gibbons, às brilhantes letras que compõem este álbum, juntando a atmosfera de sedução e sensualidade, tudo convida a que se oiça e, especialmente, a que se sinta cada um dos temas de "Dummy"...
Desfrute-se num momento de individualidade para relaxar ou descontrair, ou escute-se numa atmosfera de paixão, acompanhados por alguém especial, aproveitando momentos, provavelmente, intensos... 10/10
http://www.portishead.co.uk/
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