sábado, outubro 22, 2005

A Mentira da Felicidade

Mentir para nós mesmos pode ser uma maneira de manter a saúde mental. Diversos estudos clássicos a respeito do assunto indicam que pessoas com depressão moderada na realidade enganam menos a si mesmas que aquelas ditas normais.
Lauren B. Alloy, da Universidade de Temple, e Lyn Y. Abramson, da Universidade de Wisconsin-Madison, desvendaram essa tendência, manipulando clandestinamente o resultado de uma série de jogos.
Indivíduos saudáveis que participaram dos jogos inclinavam-se a levar o crédito quando ganhavam e subestimavam sua contribuição para o resultado quando não se saíam bem. Os deprimidos, entretanto, avaliavam sua contribuição com muito mais precisão. Em outro estudo, o psicólogo Peter M. Lewisohn, professor emérito da Universidade de Oregon, mostrou que os depressivos julgam as atitudes das outras pessoas em relação a eles com maior exatidão que os não-depressivos. Além disso, essa habilidade na realidade degenera à medida que os sintomas psicológicos da depressão melhoram em resposta ao tratamento.

Talvez a saúde mental repouse no auto-engano, e ficar deprimido resulte de uma falha na habilidade de enganar a si mesmo. Afinal de contas, todos vamos morrer, todos os nossos entes queridos vão morrer, e grande parte do mundo vive em abjeta miséria. Portanto, quase não há razões para ser feliz diante desse cenário!

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