segunda-feira, julho 31, 2006

Modigliani (2005)


Uma fábula sobre a vida de Modigliani, o pintor e escultor do inicio do século XX, é o que nos oferece o realizador Mick Davis. Com Andy Garcia no principal papel, o filme retrata o percurso de decadência e pobreza extrema do pintor, no contexto da sua relação com a mulher, Jeanne. Digo que é uma fábula porque o realizador alerta-nos logo desde inicio que muitos dos factos não são reais.

A fita gira em torno da relação do pintor com a esposa e a tentativa dela para que ele venda os seus quadros, se dedique à família e abandone a espiral de destruição em que se encontra. Viciado em droga e alcoólico convicto, Modigliani desde cedo demonstrou queda para a arte. No filme, o pintor dialoga constantemente com o seu ser, em criança.

Temos alguns flashbacks da vida dele ainda em Itália, intercalado com a vivência “actual” (o filme passa-se em 1919) em Paris. Apesar dos cenários e guarda roupa interessantes, há momentos em que os adereços são algo desleixados e se assemelham ao guarda-roupa actual. Os loucos anos 20 não têm lugar na Paris decadente dos artistas, apenas alguns laivos de glamour nos são demonstrados durante a fita. As cores escuras, a chuva e os ambientes decadentes mostram bem o modo de vida dos artistas da época. Uma situação um pouco cliché, que nos habituámos a ver em todos os filmes sobre pintores, mas que neste contexto funciona.

É interessante ver que algumas personagens secundárias são pintores igualmente famosos, como Picasso, retratado como um homem competitivo, rico e egoísta. Também Renoir, nos seus anos de velhice, aparece na fita. O desenvolvimento da história tem o seu clímax com a exposição de pintura de 1920. No entanto, a cronologia de muitos anos da vida de Modigliani é comprimida pelo realizador no ano de 1919, o que deixa o espectador mais conhecedor do percurso do pintor, algo confuso com o desenvolvimento em catadupa dos acontecimentos da sua vida.

A relação com Jeanne é obsessiva e a actriz, Elsa Zylberstein, é muito bem escolhida e expressiva nos momentos de silêncio. Ela é, de facto, parecida com a verdadeira esposa de Modigliani, algo que já não se pode dizer de Andy Garcia.

Um momento de estranheza do filme é que todos falam em inglês com sotaque, algo que não resulta bem. A interpretação dos actores é, na sua maioria, fraca. Garcia não consegue a profundidade e segurança que o seu papel exige e em alguns momentos perde-se na representação. Já Zylberstein tem um bom desempenho em cenas intensas mas perde nos momentos mais calmos e românticos.

Apesar de alguns momentos interessantes que retratam o ambiente da época, a história de amor entre Modigliani e Jeanne ocupa grande parte da fita. Um filme demasiado longo para o contexto que retrata, esta fita tem alguns momentos que exemplificam a loucura do pintor, mas que deixam o espectador desejoso que esses momentos passem.

No geral, o filme apresenta alguns segmentos interessantes e intensos, mas que acabam por se perder em todos os artifícios e informação que o realizador procurou comprimir nas duas horas de fita. A ver, mas apenas se gostar da obra do pintor ou de filmes mais introspectivos e originais 6/10

sábado, julho 29, 2006

Maratona de masturbação colectiva

TV britânica transmite maratona de masturbação colectiva

O Centro para o Sexo e Cultura do Reino Unido organizou o primeiro concurso de masturbação colectiva, destinada a angariar fundos para organizações dedicadas à educação sexual, segundo confirmaram os seus organizadores.

O evento será transmitido pela cadeia de televisão britânica Channel 4 a partir das 23:00 horas e é inspirado numa competição semelhante que se realiza de cinco em cinco anos na cidade norte-americana de São Francisco.

«A cada cinco anos centenas de pessoas reúnem-se no mesmo local para se masturbarem» e angariar donativos, explicou a produtora do programa, Zig Zag.

Os participantes serão apadrinhados por familiares, amigos, vizinhos ou colegas de trabalho que se comprometem a doar dinheiro para fins de caridade se os concorrentes alcançarem os objectivos.

«É um acontecimento que permite recolher milhões de dólares a favor de grupos de educação sexual», afirmou a produtora.

O concurso consistirá em bater o recorde mundial registado nos EUA de oito horas e 30 minutos de onanismo. Ou seja, conseguir o recorde britânico, explicou o Centro para o Sexo e Cultura do Reino Unido.

Todavia, está ainda por definir como é que se ganha o concurso e se está aberto a homens e mulheres indistintamente.

In Diario Digital
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=47&id_news=237007

Inside Man (2006)


“Inside Man” é um energético e revigorante “Heist movie” que dá gosto em assistir. Em primeiro lugar, tal acontece devido ao estatuto de entretenimento que a obra possui.

Os primeiros minutos são diabólicos e assistimos impávidos, mas nunca serenos, a um assalto brilhantemente orquestrado - sendo para isso utilizados como reféns todos os presentes na instituição bancária. Logo depois a acção volta-se para a resposta policial, havendo um maior destaque para a presença de Denzel Washington e Chiwetel Ejiofor como os líderes e negociadores com os assaltantes.

Desenganem-se porém se acham que este é um assalto comum, onde meia dúzia de sacos de dinheiro são o objectivo dos criminosos. No fundo, quem poderia responder melhor a esta questão é o dono do Banco, interpretado por Christopher Plummer, e Jodie Foster, uma mulher contratada por este último para recuperar algo que ele considera muito valioso.

O filme evolui assim em vários níveis da acção, nunca se confundindo nos objectivos, nem menosprezando os pequenos detalhes. E é aqui que surge a 2ª razão porque este filme é um deleite para os nossos olhos e mente. Associado a um entretenimento eficaz surge o dedo de autor de Spike Lee nas pequenas coisas. O racismo, o pós 11 de Setembro em Nova Iorque e outras questões sociais, recorrentes na sua obra, voltam assim a ser parte integrante do evoluir da história, nunca se sobrepondo a um evento maior, e sempre surgindo em doses perfeitas.

Como exemplo disso temos o apontamento de Lee à confusão habitual entre os sikhs e os árabes, curiosamente já referida em alguns trabalhos no cinema e na TV. Mas a problemática dos videojogos – onde Spike Lee dá a ferroada à muito esperada à cultura “Get Rich or Die Tryin” de 50 Cent, não é esquecida, constituindo este segmento uma das pequenas preciosidades que conseguem dar uma maior profundidade a certas personagens.

Para além disso, há outro elemento estrutural deste filme que dá gosto em ver. O casting foi perfeito, de uma ponta a outra, e não há realmente qualquer falha a apontar. Denzel Washington é um polícia que quer resolver a questão sem problemas, já que este caso calhou na melhor altura. Injustamente incriminado pelo desvio de fundos, Denzel terá de se esforçar para recuperar alguma credibilidade, e sendo um dos actores mais consagrados e talentosos de Hollywood, o papel deste polícia cai-lhe que nem uma luva.

Ao seu lado temos Chiwetel Ejiofor, um actor que tarda em explodir. Nos últimos anos, Ejiofor tem conseguido carimbar a sua presença no cinema com trabalhos muito conseguidos. De imigrante ilegal em “Dirty Preety Things”, a Operativo em “Serenity”, Ejiofor tem demonstrado talento, algo com que volta a primar nesta obra. Ainda no lado policial um pequeno destaque para a presença de Willem Dafoe num papel bem secundário. O actor, há muito afastado das grandes produções, surge nesta obra de forma contida, mas eficaz. O seu papel também não exigia muito, e só é pena que isso seja assim pois este é um dos melhores actores em actividade.

Passando agora aos ladrões, que dizer de Clive Owen? Este é um dos mais enigmáticos e calculistas papéis de Owen, que desde “Closer” e “Sin City” parece ter ganhado o seu posto na cinematografia americana. Passando quase todo o filme de rosto coberto, é a sua voz que transmite aquilo que a sua personagem necessitava ser, conseguindo uma interpretação forte e mesmo carismática. Quanto aos restantes “bandidos”, não há ninguém em especial a destacar, pois quer a personagem de Owen, como ele próprio como actor, puxam para si a acção e os olhos da multidão.

Chegamos então a Plummer e Foster, os elementos mais misteriosos neste trabalho. Plummer é um actor muito experiente, com dezenas e dezenas de filmes no curriculum e uma forma de actuar muito sóbria e forte. Foster é um prodígio desde os tempos de “Taxi Driver”, e aqui assume o papel de uma mulher que apesar da capa profissional que apresenta consegue definir bem o que é certo e errado. A forma como entra e sai de cena é inesquecível, sendo mesmo uma das melhores prestações que a vimos ter nos últimos tempos.

Há uma conversa desta actriz com Denzel Washington que é o expoente máximo da firmeza da sua personagem, ainda que colocada contra a parede.

Para além disto tudo não convém esquecer o brilhante trabalho de Barry Alexander Brown na montagem (super energética, mas não sufocante) e de Terence Blanchard e A.R. Rahman na composição musical. Aliás, a música de abertura (e fecho) deste filme (que não posso afirmar com certeza absoluta, mas que creio ter ouvido em “Bendit Like Beckham”), dá logo boas indicações acerca do que vamos ver, não se tratasse de um filme onde várias raças interagem, tal como os estilos musicais apresentados (do tom hip hop ao som de bollywood).

Assim sendo, e somadas todas estas partes, apenas um pequeno apontamento para o argumento, que por algumas vezes me pareceu ser demasiado rebuscado, especialmente na resolução final, que apesar de desejável, não deixa de dar que pensar em termos de credibilidade. Mas este é um mero detalhe, numa obra de ficção que tenta revisitar alguns clássicos e homenagear os “heist movies” dos anos 60 e 70, não precisando ser assim um trabalho muito original para triunfar.

E tudo isto é conseguido com o incontornável dedo de Spike Lee, um dos mais energéticos e fulminantes (nas palavras) cineastas americanos, que aos poucos ganhou uma maturidade assustadora.

Juntar entretenimento com o seu mais puro cinema de autor é obra, e faz deste filme uma imperdível experiência 8/10

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=62Q4FcLyRR4&search=inside%20man

Meteorite Collision

http://www.youtube.com/watch?v=3JHdYBet_4Q

quinta-feira, julho 27, 2006

Eu a caminho do trabalho

http://s74.photobucket.com/albums/i267/vascorama/?action=view&current=cockpit.flv

Método de dobragem da roupa..

http://www.metacafe.com/watch/1566/cloth_folding_2/

domingo, julho 23, 2006

BBC entrevista homem errado

Foi uma 'barraca' das antigas, que deixou a direcção da prestigiada BBC à beira de um ataque de nervos. Tudo se passou na semana passada, quando um especialista informático foi entrevistado em directo e não conseguiu balbuciar mais que algumas palavras de circunstância.

Descobriu-se depois que a BBC tinha entrevistado o homem errado. A vítima não se desmanchou e respondeu a tudo... embora de forma algo estranha.

Guy Goma, um imigrante congolês, estava na recepção da BBC à espera de ser chamado para uma entrevista de emprego, quando apareceu um produtor que o levou para um estúdio, lhe prendeu um microfone na lapela e o colocou em directo a responder a perguntas sobre o caso Apple Vs. Apple, enquanto o verdadeiro informático que devia ser entrevistado, Guy Kewney, assistia a tudo, estupefacto, noutra recepção da emissora. A BBC pediu desculpa pelo engano, enquanto Goma continua à espera do resultado da entrevista mais estranha da sua vida...

O video aqui: http://www.youtube.com/watch?v=KOPZxO-iw9Q

Marotos...

Water Trap

Os já habituais apanhados estão a ficar um pouco mais... violentos...

http://www.youtube.com/watch?v=bBnY28Mo6Is

Marli - Bertolina

Grandes probabilidades de nunca teres visto algo tão mau...

http://www.youtube.com/watch?v=27AGIj8ykik

Portugal bronze em Hóquei Patins

Pois é, Portugal foi medalha de bronze no Europeu que decorreu na semana passada, agora eu pergunto, quantos de vocês sabiam do acontecimento?? será que o mérito não é o mesmo dos boleiros que são muito mais bem pagos e ainda por cima reclamam insenção de IRS nos prémios de jogo. Porque será que não vi bandeiras nas janelas, nem teenager's a gritarem por um qualquer C. Ronaldo do hóquei luso??

Pois é, vão a Espanha ou à maior parte dos Países ditos Ocidentais e vejam a grande diferença...

Ás vezes tenho vergonha de ser Português

Cão que fala

http://www.youtube.com/watch?v=eplkTK9EXpY

skip é o melhor detergente

Fractura na crosta terrestre pode formar novo oceano





Fractura na crosta terrestre pode formar novo oceano

Uma recente fractura da crosta terrestre no deserto africano de Afar, perto do Mar Vermelho, poderá separar a Etiópia e a Eritreia de África e formar um novo oceano, assinala hoje a revista Nature.

Com base em imagens de satélite captadas antes e depois do aparecimento da fractura, em Setembro de 2005, cientistas britânicos, norte-americanos e etíopes concluíram que atingiu 8 metros de profundidade em apenas três semanas, ao longo dos seus 60 quilómetros, sendo lentamente preenchida com magma (rocha fundida).

Foram as imagens do satélite Envisat da Agência Espacial Europeia (ESA) que permitiram aos cientistas analisar em primeira mão a evolução deste fenómeno geológico e constatar a sua rapidez.

As observações levaram também os cientistas confirmar que as duas enormes placas tectónicas que formam a África e a Arábia estão a separar-se devido à injecção de magma.

«É claro que a subida de rocha em fusão está a separar a África da Arábia», afirmou o principal autor do estudo, Tim Wright, da Universidade de Leeds.

O processo começou há cerca de 30 milhões de anos, quando uma massa de lava se elevou por debaixo da crosta terrestre e separou a península arábica de África, criando o Mar Vermelho, e levará outros milhões até ficar concluído.

Segundos os cientistas, trata-se de uma das poucas zonas do mundo onde um continente está a ser activamente separado por movimentos em curso nas placas tectónicas, num processo considerado semelhante ao que deu origem ao oceano Atlântico.

O estudo refere que a velocidade de separação das placas tectónicas africana e arábica é semelhante à do crescimento das unhas dos dedos (alguns centímetros por ano).

Como resultado dessa separação de longo prazo, o nordeste da Etiópia e da Eritreia irá destacar-se do resto da África, formando eventualmente um novo oceano.

«Não sabemos ao certo se irá aparecer um novo oceano no local, mas as perspectivas são boas», ironizou Wright. «Bastará deixar passar um milhão de anos».

Vão ao Google Earth:

13°26'25.84"N
40°43'58.47"E

Assim dão com uma enorme região quase toda preta de intensos derramamentos de lava. Estes fenómenos da natureza valem a pena ser vistos

sábado, julho 15, 2006

tríptico para uma morte ralo adentro

Nu, estou dentro dum frasco de champô quase vazio, por isso esquecido no parapeito da banheira. Ela canta enquanto toma banho, e algumas fugidias gotas de água quente entram para dentro do frasco. Molham-me.

Ela pega no frasco e derrama todo o seu conteúdo directamente na cabeça. Eu pensava que ela ia primeiro encher as mãos de champô, mas não, deita tudo directamente sobre os compridos cabelos molhados.

Tento agarrar-me aos cabelos mas não consigo. Estão demasiado escorregadios. Deslizo pela sua pele macia, conseguindo suster-me alguns segundos agarrado a uma nádega, até atingir o chão e a maré me levar ralo adentro. É tão bom morrer assim

Bactéria converte pó em ouro

Investigadores australianos descobriram provas de que um pequeno micróbio poderá ter o poder de Midas da mitologia grega, por ser capaz de transformar pó em ouro, informa esta sexta-feira a revista Science.

Um grupo de cientistas liderado por Frank Reith analisou grãos de ouro de duas minas australianas situadas a mais de três mil quilómetros de distância entre si e descobriram que 80 por cento desses grãos continham no seu interior a bactéria Ralstonia metallidurans.

"O que descobrimos sugere que a bactéria pode acumular este ouro", afirmou Reith. A bactéria absorve metais pesados do solo na sua forma dissolvida e converte-os em formas sólidas, menos tóxicas - explicou, acrescentando: "Os metais pesados são tóxicos, tanto para as pessoas como para os microrganismos, em elevadas concentrações".

"Parece que o organismo pode desintoxicar o ambiente próximo deste ouro móvel tóxico e ganhar dessa forma uma vantagem metabólica", acrescentou. "É por isso que está presente nesses grãos de ouro".

Muitos cientistas questionam o possível papel microbial na formação do ouro, defendendo pelo contrário que os grãos de ouro derivariam de formações maiores ou resultariam de processos químicos.

Possibilidade de criar ouro sólido

Porém, Reith diz que as suas descobertas constituem a prova mais forte surgida até agora de que a bactéria pode desempenhar um papel chave na criação de ouro sólido, embora seja ainda desconhecido o mecanismo exacto.

"Queríamos mostrar que os microrganismos são capazes de contribuir para a formação de pepitas de ouro, algo que antes sempre foi posto em dúvida", afirmou. "Não estou a dizer que os organismos são o único modo de formação das pepitas de ouro nos solos, apenas um deles", precisou.

Mas não basta aos aprendizes de alquimia despejar um balde de Ralstonia matallidurans no quintal para criar uma mina de ouro. "É preciso que já exista ouro no terreno. Se não houver, a bactéria não o poderá criar", advertiu o cientista.

fonte: SIC/LUSA

Tecto de uma sala de fumo

BakuTen - house of dominos

http://www.youtube.com/watch?v=tL6E7R4IbCM

sexta-feira, julho 14, 2006

Teste De Sexo

http://www.testdelsexo.com/default.aspx?promo=45

quinta-feira, julho 13, 2006

The Three Burials of Melquiades (2006)


“The Three Burials of Melquiades Estrada” é a pequena homenagem de Tommy Lee Jones ao "western" clássico de Sam Peckinpah, com um toque muito moderno, num curioso e elegantemente desequilibrado filme sobre os três enterros de um mexicano de nome Melquiades Estrada.

Se tal lhe soa estranho, não é por acaso. Afinal, o filme foi escrito por Guillermo Arriaga (o mesmo argumentista dos filmes “Amores Perros” e “21 Grams”, ambos do mexicano Alejandro González Iñárritu), logo o espectador familiarizado com estes dois filmes já sabe mais ou menos para o que vai – um pequeno “puzzle” narrativo que intercruza várias histórias e nos deixa confusos na primeira meia hora, até começarmos a conseguir ligar alguns pontos. Apesar daqui o dispositivo não produzir o mesmo efeito dramático que em “21 Grams” e de se começar a notar claramente que Arriaga parece não ter outro meio para contar as suas histórias, não deixa mesmo assim de funcionar bastante bem na película.

E a prova disso está no prémio para melhor argumento que conquistou na anterior edição do Festival de Cannes. Destaque também para as interpretações de Tommy Lee Jones (vencedor do prémio para Melhor Actor em Cannes), do eterno secundário Barry Pepper (que aqui tem o seu grande momento para brilhar) e para a bela fotografia de Chris Menges (vencedor do Oscar para Melhor Fotografia pelos filmes “The Killing Fields” e “The Mission”, de Roland Joffé).

Um filme a ver, sobretudo se sentir uma certa afinidade por este tipo de histórias e se tiver algum sentido de humor negro dentro de si... 7/10

Trailer: http://a.videodetective.com/?PublishedID=50106

quarta-feira, julho 12, 2006

SMS grátis

Este sistema permite enviar SMS´s grátis para vários países do mundo inclusive Portugal.

Para aceder as SMS´s basta ir a este link e registar-se:

http://www.gsmhouse.net/sms/

p.s. ao entrar clica em Parent Directory e depois registe-se

Garden State (2004)

Andrew Largeman (Zach Braff) é um jovem mergulhado na própria inércia regada a medicamentos, entre o restaurante vietnamita onde trabalha, e a carreira de actor onde não vinga. Certa dia, recebe a notícia da morte da mãe e tem de regressar a casa, em Nova Jersey, onde não vai há já nove anos.

No meio da sua apatia vai revendo os amigos da infância, que o vêem como um actor de sucesso. Mark (Peter Sarsgaard) é um desses amigos que entretanto se tornou coveiro, Jesse (Armando Riesco) é outro, um excêntrico milionário graças à patente da invenção do velcro sem som. Tudo corre dentro da “normalidade” até que Andrew conhece Sam (Natalie Portman), uma jovem extremamente faladora, e ao mesmo tempo uma mentirosa compulsiva, que o cativa de imediato. (o primeiro diálogo entre os dois é hilariante e memorável).

No meio do filme, vão surgindo as personagens mais bizarras, a tia louca, o paquete de hotel, o homem que vive no barco, a mãe que fuma drogas, o cavaleiro, o médico ultra-diplomado, todos com o seu lugar e lógica própria. Claro, que por trás desta viagem de reconhecimento e introspecção que Andrew começa a viver através de Sam, está um drama enorme, que o levou a sair dali, a viver mergulhado em tranquilizantes e a evitar a todos o custo trocar mais de duas palavras com o pai, um pomposo psiquiatra chamado Gideon (Ian Holm).

Resumindo, este pequeno filme (só mesmo no orçamento) escrito, dirigido e interpretado por Zach Braff, que reconhecemos da série “Scrubs”, é uma surpresa extremamente agradável. “Garden State” demarca-se completamente dos clichés dramáticos que alguns pontos do argumento tendem a puxar ao de cima, e que teriam levado Braff a seguir pelo caminho mais fácil.

Bem escrito, bem realizado e bem interpretado, conta com um conjunto de “quotes” e momentos absolutamente memoráveis. Por outro lado, haverá certamente empatia com o público, pois mesmo com todas as suas disfuncionalidades, será impossível que cada um de nós não encontre, pelo menos, um ponto em comum com Andrew, ou com o estranho mundo que o rodeia.

Uma estreia auspiciosa de Zach Braff que elevou, e de que maneira, a fasquia a si próprio. Assim sendo, “Garden State” é daqueles filmes que entra directamente para a filmografia recomendada. A breve prazo, este deverá igualmente ser um filme de culto, sobretudo para a geração que Largeman (26 anos). E não deixem de atentar à banda sonora, também escolhida por Braff, que tal como o filme é simplesmente uma preciosidade…9/10

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=6TViHWBPuqU&search=Garden%20State%20trailer

terça-feira, julho 11, 2006

Auto estrada

http://www.youtube.com/watch?v=gYNUalqoqMc

jesus

http://www.youtube.com/watch?v=9V0JOBxkGx0

Oija... jogo do copo corre mal...

http://youtube.com/watch?v=cZ0RTF0vrpM&search=Ouija

Smart vs. Ferrari F430

http://videos.streetfire.net/hottestvideos/1/cf324233-408a-4e93-8c02-29147e71ab0e.htm

Sida: Circuncisão masculina pode reduzir risco de contágio

Especialistas e investigadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) consideram que a circuncisão poderá ser um instrumento importante no combate à Sida e reduzir grandemente o número de homens infectados.

Num estudo, publicado na revista Public Library of Science Medicine, os especialistas dizem que se todos os homens se submetessem à circuncisão nos próximos 10 anos poderia evitar-se dois milhões de novas infecções e cerca de 300 mil mortes provocadas pela Sida.

Os cientistas justificam que os homens circuncidados o risco de infecção reduz-se porque o prepúcio é formado por células que são mais sensíveis à infecção.

Além disso, acrescentam, o vírus da Sida pode sobreviver muito melhor no ambiente quente e húmido que proporciona a parte inferior do prepúcio.

Uma equipa encabeçada pelo médico Bertran Auvert, do Instituto Nacional Francês para a Investigação, e especialistas da OMS descobriram no ano passado que os homens submetidos à circuncisão na África do Sul tinham 65%menos possibilidades de apanhar Sida.

O vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a Sida, já infectou mais de 40 milhões de pessoas e matou 25 milhões.

A epidemia afecta nomeadamente os países de África, ao sul do Sahara.
Os cientistas afirmam no estudo que na África Ocidental «a circuncisão masculina é comum e a incidência do HIV é baixa. No sul de África acontece ao contrário».

Acrescentam os especialistas que esta análise mostra que «a circuncisão masculina poderia evitar seis milhões de novas infecções e salvar três milhões de vidas na África sub-sahariana nos próximos 20 anos».

Em termos globais, o procedimento reduziria as infecções em cerca de 37%.

No entanto, os cientistas advertem que a questão deve ser abordada com cautela. «A circuncisão por si só não pode controlar a epidemia da Sida em África. Os homens circuncidados também podem apanhar a infecção, ainda que o risco se ja muito mais baixo», assinalam.

Diário Digital / Lusa

Tabaco matará mil milhões de pessoas durante o século XXI

O consumo de tabaco vai causar a morte de cerca de mil milhões de pessoas durante o século XXI, segundo estudos divulgados numa conferência internacional sobre o cancro que se realiza em Washington.

Os estudos foram realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sociedade do Cancro dos EUA, e a União Internacional contra o Cancro, que organizou o encontro.

«Embora se assista a um declínio do consumo de tabaco a nível mundial, haverá um aumento de fumadores devido ao crescimento demográfico», assinalou Michael Eriksen, director do Instituto de Saúde Pública da Universidade Estatal da Georgia.

Segundo o estudo Câncer Atlas, apresentado nesta conferência, o tabaco é responsável por uma em cada cinco mortes por cancro. Constata-se ainda que o cancro do pulmão é o que tem maior incidência entre os 10,9 milhões de casos de cancro diagnosticados em 2002, ao afectar mais de 1,3 milhões de pessoas.

Segundo a Sociedade de Cancro dos EUA, embora o consumo de tabaco tenha registado uma quebra nos últimos 25 anos nos EUA e noutros países desenvolvidos, este aumentou nas sociedades em vias em desenvolvimento, onde em 1998 consumia-se 67% de todo o tabaco produzido.

Em 2003, o número de fumadores no mundo era estimado em 1.300 milhões de pessoas (mil milhões de homens e o restante mulheres).

Segundo a Sociedade de Cancro dos EUA, esse número aumentou para 1.700 milhões de fumadores em 2005, tendo-se verificado que as mulheres duplicaram o consumo.

«No que se refere ao cancro, sabemos que se tomarmos medidas urgentes poderemos salvar dois milhões de vidas até 2020 e cerca de 6,5 milhões até 2040», segundo Judith Mackay, da OMS.

In Diario Digital

quinta-feira, julho 06, 2006

V for Vendetta (2005)


Baseado na novela gráfica criada por Alan Moore e David Loyd, “V for Vendetta” segue a história de um homem que se levanta contra um regime totalitário e tenta despertar toda uma população para o acto libertador que procura executar. Porém o conceito “Vendetta” é só por si indicador de que esta não é uma jornada colectiva, tratando-se mais de uma espécie de vingança personalizada.

Por vezes o conceito dilui-se, e “V” age mais como um “Punisher” que outra coisa. Isto já não é vingança, é castigo. Assim, percorremos uma Inglaterra distópica governada por um tirano colorido com os tons do nazismo e um discurso que faz lembrar Bush. Esse regime subsiste devido àquilo que Michael Moore definiu em “Fahrenheit 911 ” como a cultura do medo, algo que nos acompanha desde muito novos. Estes são os tempos do “não comes a sopa vem o papão”, “não usas o aparelho ou o clerasil e ficas feio”, “não tens estudos vais ter um emprego miserável”, “não usas este telemóvel não tens estatuto”, “não usas este creme, vais envelhecer”.

A nossa sociedade vive assim desde tenra idade enraizada nesta cultura do medo, na consequência e castigo (que supostamente a vida nos dá) por não agirmos de tal maneira. E nem vou entrar no campo da religião, pois todos sabemos que o Céu só será para alguns. Nos tempos que correm, e em termos políticos, isso acentua-se cada vez mais.

O World Trade Center veio abaixo e o mundo mudou. Ninguém tem dúvidas disso. O medo agora são os terroristas, as armas biológicas e de destruição maciça. Por causa delas, o regime talibã caiu, o iraquiano também e a seguir será o Irão visado com uma guerra. As liberdades individuais perderam-se e vivemos tempos de escutas, investigações de passados e amizades. A história repete-se e os erros também. É o Mundo. A questão que se coloca nem é a legitimidade desses actos, mas os meios com que se alcançam os fins.

Não há dúvidas que esta nova face do terrorismo, que tem como máscara um Bin Laden, levou os dirigentes mundiais a contornarem os seus princípios. As liberdades individuais foram substituídas por pensamentos conjuntos, sempre a bem da sociedade – mesmo que ela esteja contra isso, pois o sentido democrático, actualmente, cada vez se restringe mais a uma votação de quatro em quatro anos. O sujeito perde-se no meio da multidão. Mas quando todo o mundo está errado, então todo o mundo está certo. A apatia apodera-se das pessoas, cada vez com menos tempo para tudo e fartas de constantes desilusões políticas.

Quando um apático vê a sua segurança em causa, qualquer decisão em torno desta torna-se mais fácil de aceitar. Porém, essa apatia é reversível. É como um dormir acordado, à espera de ser despertado. Tudo depende dos “calos” que são pisados e de alguém que agite as coisas e que mostre que eles não estão sozinhos nos pensamentos.

Neste filme, essa personagem é “V”, um homem que carrega consigo uma máscara de Guy Fawkes, um punhado de facas, e uma quantidade considerável de explosivos. Chegamos então ao ponto mais controverso de “V”, e que reflecte da mesma maneira aquilo que já em cima critiquei. Será que os meios justificam os fins? Será que o terrorismo é justificável e pode ser libertador?

Antes de mais convém definir o que é terrorismo e no que ele se distingue de forças de libertação ou do conceito de guerrilha. Estes termos confundem-se principalmente pelo teor subjectivo que assumem, especialmente nos últimos anos. Assim, normalmente os terroristas são aqueles com os quais não concordamos nos seus princípios e métodos. Já a guerrilha é mais aceitável e louvável, pois defende bons valores e a justiça, normalmente em estados oprimidos.

Xanana era um guerrilheiro, a ETA é terrorista. Este é o pensamento global. Mas este conceito depende sempre daquilo que consideramos como valores ou sentido de justiça. Por isso existem as discrepâncias nos apelidos a dar a cada um dos movimentos insurgentes que vão dando o rosto nos vários pontos do planeta. E no meio disto tudo onde fica “V”? Essa é uma questão que cada um de nós vai ter de dar consoante a sua definições do que é justo e aceitável nas circunstâncias em causa.

Para uns ele é um terrorista como tantos outros. Para outros ele pode ser considerado um modelo a seguir e mesmo um libertador. No filme assim foi, e a individualidade vem ao de cima com o simples retirar de uma máscara também por si controladora e totalitária enquanto as explosões e o fogo de artificio ocorrem.

Mas “V for Vendetta” funciona melhor como tema em debate do que como filme em si. Aparte de ser extremamente energético, o filme segue linhas por vezes demasiado ingénuas, como a daqueles idealistas que não têm uma real dimensão das coisas. Tudo isto tem o seu charme, mas acaba por não ser de todo inteligente, apesar de, por sugestão, ser intelectualmente estimulante. E um potencial blockbuster com algo intelectualmente estimulante é algo muito raro nos dias de hoje.

Escrito pelos manos Wachowski, “V for Vendetta” é assim um filme interessante na temática, ainda que esteja longe de ser profundo. Há algumas ideias que passam de “Matrix” para aqui, tal como a importância do amor, o sacrifício e a individualidade. O lado negro de “V”, muito explícito na novela gráfica, não foi esquecido. Aliás, Alan Moore pediu para retirarem dos créditos do filme o seu nome, pois considerava esta adaptação idiota.

Não há problemas, pois “V” consegue funcionar por si só. Há também uma importante ambiguidade na personagem central, especialmente depois de conhecer Evey (Portman). Nas interpretações destaca-se Natalie Portman, Stephen Rea e John Hurt, que conseguem dar aos seus papéis a força necessária para triunfarem. Hugo Weaving, o agente Smith de “Matrix”, é uma voz, e consegue dar um forte cunho à sua personalidade.

Entende-se porém que James Purefoy tenha abandonado este projecto, pois afinal de contas, este não é um papel que o destacasse minimamente. É sempre preferível fazer filmes directo-para-vídeo, como ele tem feito. Na realização deste trabalho temos James McTeigue, cineasta em estreia, embora tenha sido o primeiro assistente de realização da trilogia "Matrix". O seu trabalho é bastante conseguido, sem grandes exageros, e sem um carácter visual tão imperioso como o trabalho anterior dos Wachowski. Porém, e tratando-se no fundo de uma adaptação de uma novela gráfica, o tom visual não foi descurado.
Apenas não se impõe ao resto, como em “Sin City” acontecia.

O ritmo que McTeigue transmite à obra mantêm-nos sempre em alerta, o que conjugado com o argumento - que nos provoca a querer saber o passo seguinte, faz com que tudo seja muito acessível e de fácil visionamento. E há momentos cómicos e de homenagem que escapam muitas vezes em obras tematicamente controversas. Como por exemplo o programa televisivo onde o ditador-mor era parodiado num estilo Benny Hill. Mas como já disse anteriormente, “V for Vendetta” é um daqueles filmes que ultrapassa a sua natureza técnica, interpretativa e até mesmo no que toca às nítidas diferenças que manifesta em relação à novela gráfica.

O que se destaca realmente é aquilo que transmite, e faz pensar o espectador. Nesse aspecto, o filme vence, ainda que para alcançar um fim siga meios por vezes menos contundentes do que devia…8/10

terça-feira, julho 04, 2006

Faltou um bocadinho assim

http://www.metacafe.com/watch/50846/escape_forever/

http://www.metacafe.com/watch/73660/close_call/